Sunday, February 3, 2008

Exercícios I, II e III

Num primeiro exercício, foi utilizada uma recolha exaustiva da presença da Fundação de Serralves na Imprensa televisiva como fonte de informação visual. Foram compilados e montados todos os instantes em que a palavra “Serralves” foi pronunciada pelos pivots de informação ou jornalistas de reportagem no período temporal compreendido entre Agosto de 2004 e Março de 2006. O resultado é uma montagem rápida dos vários planos seguindo uma ordem que respeita aspectos de composição e enquadramento das imagens, como também aspectos cromáticos e/ou formais.

Com este exercício é possível apercebermo-nos da forte presença que a instituição tem na imprensa televisiva, e da importância e valor que a sonoridade e a fonética têm no processo de identidade de qualquer marca.



Exercício I

O segundo exercício partiu do desafio que foi colocado pela própria instituição, de realizar um vídeo institucional utilizando o espólio audiovisual da Fundação. O objectivo foi representar a diversidade que existe nos inúmeros serviços culturais que esta instituição oferece ao seu público – exposições de arte contemporânea, música, cinema, dança, performance, acções didácticas e educativas, e os próprios espaços arquitectónicos e naturais.

Com este exercício pretendeu-se ilustrar, de uma forma fragmentada, a sobreposição de uma multiplicidade de acontecimentos de diferentes universos artísticos, resultando numa sequência de imagens desprovidas do seu contexto de origem e, portanto perdidas no espaço e no tempo.



Exercício II

O terceiro exercício surgiu da vontade de descobrir qual a “visão dos visitantes” de Serralves, mostrando as imagens captadas através dos olhos das pessoas que visitam os espaços da instituição.

Foi então desenvolvida uma primeira experiência, circunscrita a um grupo reduzido de pessoas, de forma a possibilitar uma previsão dos resultados que poderiam ser obtidos. Seleccionaram-se 4 pessoas que correspondessem a perfis completamente distintos – um arquitecto com 65 anos de idade, uma profissional dos correios com 31 anos de idade, uma pessoa ligada ao mundo da música, com 28 anos de idade e uma criança com 9 anos de idade.

Na edição das imagens, o ecrã foi dividido em 4 partes iguais, de forma a permitir ao espectador estar sempre a par das diferenças existentes entre as 4 visões dos visitantes, e reforçar a ideia inicial de diferentes pontos de vista e sensibilidades.



Exercício III

Depois de realizada esta primeira experiência, verificou-se a necessidade de ir um pouco mais longe. Notou-se a ausência de alguns factores humanos, como a naturalidade, a espontaneidade, o acaso, o erro e um maior descomprometimento perante o objecto filmado, que poderiam até permitir uma visão mais crítica. Os 4 participantes nesta experiência acabaram por registar as suas imagens como achavam que deveriam ser registadas, resultando em imagens com um elevado valor estético, mas, ainda assim, muito comuns às que conhecemos destes espaços.

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